Conheça a história que remonta a evolução do tricô ao longo das últimas quatro décadas. Leia aqui.
Em 15 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Tricô. A ocasião homenageia uma das mais antigas e apreciadas formas de artesanato. O tricô tem raízes profundas na história da humanidade e evoluiu ao longo das décadas, adaptando-se às mudanças culturais e tecnológicas.
Para celebrar, vamos apresentar a história do tricô e exploraremos a sua evolução desde a década de 1980. Acompanhe!
Como surgiu o tricô?
Embora seja difícil determinar exatamente onde e quando o tricô foi inventado, existem algumas evidências de seu surgimento em diferentes partes do mundo.
Uma das teorias mais aceitas é que ele tenha se originado no Oriente Médio, mais precisamente na região que hoje corresponde ao atual Egito. As primeiras evidências do uso de técnicas de tricô datam de cerca de 1.000 a.C, onde múmias foram encontradas envoltas em peças de tricô.
Esses itens eram feitos de linho e lã, e demonstravam a habilidade dos antigos egípcios em criar padrões detalhados nas peças. Com o tempo, o tricô segue se espalhando por todo o mundo, adaptando-se às diferentes culturas e climas.
Na Europa, durante a Idade Média, as mulheres tiveram um papel fundamental na disseminação e no avanço da técnica. Elas produziam roupas e acessórios para as suas famílias e comunidades, utilizando principalmente lã de ovelha. Além disso, o tricô desempenhou um papel importante na economia, sendo uma atividade lucrativa para muitas pessoas.
Hoje em dia, essa técnica continua sendo uma arte apreciada e praticada em todo o mundo. Além de ser uma forma de expressão criativa, também possui benefícios terapêuticos, ajudando a relaxar a mente e melhorar a coordenação motora.
A primeira máquina de tricotar
Na Inglaterra, a atividade de tricotar foi incorporada ao cotidiano das mulheres, com isso, vários equipamentos foram desenvolvidos para facilitar esse trabalho. Com isso, elas passavam dias trançando fios, a fim de produzir, principalmente, meias grossas e rústicas para que os homens pudessem trabalhar no campo, mesmo em épocas de muito frio.
Uma dessas mulheres chamava-se Mary Panton, porém, o seu mais apaixonado fã, William Lee, não aceitava dividir a atenção de sua amada com os compromissos de produção de malhas. Dessa maneira, para que ela tivesse mais tempo livre, ele criou um equipamento que auxiliasse nessa tarefa, gerando mais momentos disponíveis para o casal.
Dessa forma, William se tornou o inventor da primeira máquina de tecer, por volta de 1589. O equipamento produzia uma fila inteira de malhas, enquanto Mary produzia, manualmente, um único ponto.
A invenção revolucionou a história da produção de malhas entrelaçadas num primeiro momento, especialmente a produção de meias, na Inglaterra e em toda a Europa.
Foi graças a essa máquina que se teve notícia da primeira fábrica de malhas: uma casa de campo, com vários desses equipamentos instalados contava com o trabalho de todos da redondeza. Os homens manuseavam as máquinas e as mulheres cuidavam de enrolar as bobinas com fios e de fazer o acabamento (emenda e costuras) das meias.
Confira a evolução do tricô ao longo das décadas
Década de 1980
Nesse período, o tricô vivenciou um renascimento significativo. À medida que a cultura do “faça você mesmo” ganhou popularidade, muitas pessoas redescobriram o prazer e receberam a satisfação de criar suas próprias peças. Assim os padrões clássicos foram revisitados e adaptados para atender às tendências da época. O tricô tornou-se uma forma de expressão artística e uma maneira de se destacar na moda.
Década de 1990
Foi nesse momento que ele começou a ser reconhecido como uma atividade terapêutica, capaz de aliviar o estresse e a ansiedade. Afinal, muitas pessoas descobriram os benefícios relaxantes e meditativos de tricotar. Contudo, os grupos de tricô se multiplicaram, oferecendo um espaço social para compartilhar habilidades, histórias e amizades.
Década de 2000
Com o advento da internet e das mídias sociais, o tricô encontrou um novo espaço para prosperar. Os blogs e fóruns online consagraram-se plataformas populares para compartilhar projetos, dicas e padrões sobre a arte. Assim, o acesso a tutoriais em vídeo e instruções facilitou o aprendizado para iniciantes. Dessa forma, o tricô tornou-se uma comunidade global, conectando pessoas de diferentes partes do mundo através dessa paixão.
Década de 2010
Nessa década, o tricô passou por uma onda de inovação e criatividade. Designers de moda e artistas exploram novas técnicas e materiais, levando-o além de suas fronteiras tradicionais. Dessa forma, o tricô contemporâneo abrange uma ampla variedade de estilos, desde peças minimalistas e modernas até criações ousadas e artísticas. A mistura de fios naturais e sintéticos, uma combinação de cores e texturas, e a incorporação de elementos não convencionais deram ao tricô uma nova dimensão.
Década de 2020
Na atualidade, o tricô também está se adaptando às preocupações globais com a sustentabilidade e à consciência social. O movimento “faça você mesmo” ganhou força novamente, impulsionado pela busca por produtos duráveis, artesanais e ecologicamente corretos. O tricô artesanal oferece uma alternativa às roupas de fast fashion, incentivando uma mentalidade de consumo mais consciente. Além disso, projetos de tricô solidário, com voluntários tricotando roupas e acessórios para doar a instituições de caridade e pessoas necessitadas têm ganhado força.
Uma data a comemorar
Apesar de ser uma arte bem antiga, nunca deixou de acompanhar as tendências de cada época, sendo utilizado por diversos estilos e, inclusive, por famosos da música e das telas de cinema.
Para celebrar essa atemporalidade e o Dia Mundial do Tricô, nós, da Linhas Corrente, preparamos uma programação especial e dedicada à data. Acesse as redes sociais e acompanhe as novidades.
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